Sono Infantil Seguro

Sono Infantil Seguro

Recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria para que o bebê de até 6 meses durma de forma mais segura

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Características imprescindíveis

Colchões muito moles ou a presença de travesseiro, panos, lençóis ou protetores ao redor da cabeça do bebê devem ser evitados.

Dormir no mesmo quarto dos pais diminui o risco de morte súbita, mas dormir na mesma cama que eles, pode aumentar esse risco, pois torna a superfície do colchão mais irregular.

Alguns pediatras também não recomendam que bebês gêmeos durmam no mesmo berço.

É importante evitar que o bebê durma durante muitas horas em locais que não sejam a cama do berço. Cadeirinhas para carro, bebê-conforto ou carrinho de bebê são feitos para transportar o bebê e não devem substituir a cama durante a noite.

A Temperatura

É preciso muita atenção a quartos com temperatura muito elevada ou bebês que dormem com excesso de roupa.

Como eles perdem muito calor pela face, dormir de barriga para baixo em quartos quentes torna-se perigoso, pois além de não conseguir respirar bem, a face encostada à cama tem menor capacidade de dissipar calor.

Barriga para Cima

A forma mais segura de colocar o seu bebê para dormir é de barriga para cima.

Na década de 1990, várias sociedades internacionais de pediatria lançaram campanhas para estimular os pais a colocar os bebês para dormir de barriga para cima. Em 1992, nos EUA, cerca de 75% dos bebês dormiam de barriga para baixo. Após 10 anos de campanha, essa taxa caiu para apenas 11%. Esta simples mudança na posição de dormir foi responsável por uma redução de 58% nos casos de morte súbita em bebês.

A posição com maior risco é a de bruços, porém, deixar o bebê dormir de lado também é perigoso. Por imaturidade do sistema nervoso central, bebês muito novos parecem ter menos capacidade de reconhecer que estão sufocando, por isso, não costumam acordar nem mudar de posição quando estão com dificuldade para respirar durante o sono. Dormir de barriga para baixo dificulta a respiração do bebê e facilita que ele fique com a cara voltada para o colchão, o que favorece a obstrução das vias aéreas.

 Risco de broncoaspiração

Os bebês menores de um ano devem ser colocados para dormir em posição supina (de barriga para cima), pois essa posição não aumenta o risco de aspiração, mesmo naqueles com refluxo gastroesofágico, uma vez que a anatomia das suas vias aéreas os protege.

A posição de barriga para baixo (prona) só deve ser permitido com o bebê acordado e um adulto supervisionando, por períodos curtos e para estimular a musculatura.

Também é aceitável em situações em que o risco de morte por refluxo é maior que o de morte súbita, como em casos de alterações anatômicas como fissuras laríngeas ainda não submetidas à cirurgia.

A elevação da cabeceira do berço não é eficaz na redução do refluxo e ainda pode contribuir para o bebê deslizar para o pé do berço e ficar em posição que comprometa a respiração e, portanto, não é recomendada.

A partir do momento que o bebê aprende a rolar da posição supina para prona e prona para supina, ele pode ser mantido na posição que assumiu.

Assimetria craniana ou plagiocefalia posicional

Quando a Academia Americana de Pediatria passou a recomendar que os bebês dormissem de barriga para cima, o número de morte devido à Síndrome da Morte Súbita Infantil caiu pela metade, porém observaram um aumento significativo nos casos de bebês com assimetrias cranianas, conhecida como plagiocefalia posicional.

Por isso recomendamos:

– Aumentar o tempo que a criança fica de barriga para baixo por pelo menos 30 minutos por dia e aumentar aos poucos para desenvolver a musculatura do pescoço e nuca

– Mudar a direção que o bebê dorme no berço, oferecendo novos estímulos para que a criança olhe em diferentes posições

– Só ficar na cadeirinha quando estiver no carro, principalmente em bebês menores de seis meses

– Com um adulto por perto e durante o dia, o bebê pode dormir de lado e até de barriga para baixo para trocar a posição. Mas é preciso supervisionar!

– Quando estiver no colo, segure o bebê na posição vertical, com a cabeça apoiada em seu braço ou ombro

– Alternar a posição na hora de amamentar

Na maioria dos casos, o reposicionamento é suficiente para evitar a plagiocefalia posicional.

Posicionar o bebê nos pés do berço

Apoiar os pezinhos nos pés do berço ou moisés poderá deixar o bebê muito mais calmo, porque dentro do útero ele ficava bem apertadinho! E os bebês sentem essa necessidade de contato no seu corpinho para se sentirem mais seguros.

É por isso que, em algumas situações, enrolar o bebê é um a forma eficaz de acalmá-lo.

Recomendação para a melhor escolha do berço

Bebês muito pequenos não mudam de posição durante o sono. Se você o coloca de barriga para acima, ele ficará desse jeito caso a cama seja firme e não tenha irregularidades. Para um sono tranquilo, é preciso pensar em coisas que possam sufocar a criança.

Almofadas, travesseiros, cobertores ou protetores de berço, bem como paninhos e lençóis, devem ser evitados, pois podem ser puxados de forma acidental para a cara a do bebê.

Sobre os berços, aqui no Brasil eles devem atender as normas do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) e, desde 2014, é obrigatório o selo de aprovação para a comercialização do móvel.

Para saber se o modelo escolhido é confiável, vale chegar se o berço tem manual de instalação com versão em português, de montagem de fácil compreensão.

Além disso, é importante conferir algumas medidas, como da grade lateral, deve ter um espaçamento de no máximo 6,5 cm para evitar que o bebê coloque a cabeça no vão. O órgão determina que a distância entre o estrado e as laterais do berço não deve ultrapassar 2,5 cm, para não prender mãos ou pés. Já a altura entre o estrado e a lateral do berço tem de ser, no mínimo, 60 centímetros para evitar que o bebê consiga pular do móvel a medida que ele cresce.